quarta-feira, 9 de março de 2011

Vanguardas Paulistas


Arrigo Barnabé - Clara Crocodilo 1980



Documentário para TV sobre Clara Crocodilo (Som do Vinil, apresentado por Charles Gavin)

Arrigo Barnabé no Festival Universitário da MPB - 1979


Itamar Assumpção - Beleléu Leléu Eu 1980



Grupo Rumo - Rumo 1981



Premeditando o Breque (Premê) - Premeditando o Breque 1981



Lingua de Trapo - Lingua de Trapo 1982

Download Mediafire - 130MB, Easy-share - 53MB, Rapidshare - 55MB


          Esta disponibilizado os primeiros álbuns de alguns dos principais grupos da Vanguarda Paulista. Vale a pena escutar todos, cada um possui um estilo bem peculiar, mantendo, no entanto, um elemento bastante marcante em comum: A estranheza. A ocorrência histórica que marcou intensamente a Vanguarda Paulista foi a possibilidade de vivências musicais diferenciadas através do Teatro Lira Paulista, e,  paralelamente, a gravadora que daí se originou. Isso caracteriza a música na medida em que permitia uma atividade musical e um trabalho de estúdio de forma independente. Mas o significado disso tem um grande alcance, principalmente na domínio estético: esta situação foi a condição para o surgimento de uma nova estética musical, cuja forma superava as exigências impostas pelo mercado.

         Fica, em especial, uma questão para mim: Porque ainda ninguém considera estes álbuns progressivos? Será exagerado encontrar estreitas semelhanças entre a Vanguarda Paulista e a vertente R.I.O/Avant-Prog que surgiu propriamente apenas alguns anos antes?

Informações Complementares:

- Vanguarda Paulista: Apontamentos Para Um Crítica Musical,
- Biografias dos Grupos da Vanguarda Paulista

6 comentários:

  1. nunca tinha visto esse programa sobre o arrigo não... é o máximo...
    ahh, tubarões voadores...

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  2. Post espetacular! Assim que possível vou baixar o que não tenho. E o programa sobre o Arrigo é igualmente fantástico, também não conhecia.

    E respondendo a sua pergunta... acho que o conceito de progressivo engloba tudo aquilo que rompe com padrões estéticos e formais, modernizando-os, gerando outros (progresso). Desse modo a categoria incluiria Arrigo Barnabé, Tom Zé, Hermeto Pascoal e excluiria o saudosismo bonachão de Marillion, Spock´s Beard...

    Difícil é racionalizar esse aspecto, no cérebro de todos está a relação de progressivo com os anos 70, com teclados, com Yes, Genesis...

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  3. Quanto a semelhança a cena de RIO. O krautrock experimentava muito com musique còncrete, com a intangibilidade de Stockhausen. Ainda tem-se os avanços jazzísticos usados no Henry Cow, mas de modo geral, Clara Crocodilo me aponta bastante ao Zeuhl do Magma, antecipando até algumas coisas atuais, vide Koenjihyakkei.

    Ah e Lucas, você conhece a obra de Daminhão Experiença? Estou começando a investigar seu trabalho, então ainda não sou apto a falar, mas é algo muito experimental, se possível dê uma pesquisada.

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  4. Se você estiver certo quanto ao que tal conceito de "progressividade" permite incluir e excluir, fico plenamente satisfeito! Claro que a etapa da justificação é um pouco mais complicada, mas a ideia de que Tom Zé é mais progressivo que Marillion, para mim, é inviolável!!

    O Zeuhl é realmente parecido também. Mas falei no R.I.O. especialmente pensando em Samla Mammas Manna, acho ainda mais parecido que Magma.


    Conheço Damião! Mas só dois álbuns. Os boatos sobre ele tbm são incriveis, não!

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  5. ESqueceu de lembrar que o precursor de toda a vanguarda paulista foi o Walter Franco!

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