segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Love Peace And Poetry - Brasilian Psychedelic Music


        Descobri estas coletâneas quando fui ao Chile e comprei o volume que reunia algumas bandas chilenas afim de conhecer de forma abrangente a música deles. Comprei em Lp, mas também foram lançados em cd's. Achei muito interessante a escolha das músicas, mostra uma visão da música brasileira completamente diferente da nossa. Com certeza não deixaríamos de fora de uma coletânea de música psicodélica brasileira clássicos como Mutantes ou Som Imaginário, por exemplo. 

       São 10 volumes:


1. E Assim Falava Mefistofeles - O Bando
2. Tao Longe De Mim - Os Brazoes
3. Razao De Existir - O Bolha
4. Voando - Livepool
5. Inferno No Mundo - Bango
6. Birds In My Tree - The Buttons
7. Lunatica - Assim Assado
8. I Need You - O Terco
9. Trilha Antiga - Spectrum
10. Animalla - Modulo 1000
11. Miragem - Os Lobos
12. Quero Companheira - Rubinho E Mauro Assumpcao
13. Lets Go - Sound Factory
14. Iagoa Das Lontras - Terco
15. Mensageiro - Paulo Bagunca
16. Maracas De Fogo - Lula Cortes
17. Revolucao Organica - Marcos Valle
18. Quero Voce Voce - Hugo Filho
19. Fidelidade - Marconi Notaro


         Não gosto de postar álbuns recentes aqui, e visto que este foi lançado em 2003 não vou disponibilizar um link para baixá-los. A lista das músicas já é, em si, interessante. Deixarei, no entanto, algumas opções para comprá-los. O legal é que podem adiquirí-los em vinil, o que vale muito a pena pela qualidade do som e do cuidado com a trabalho editorial, além da beleza das capas!


sábado, 29 de janeiro de 2011

Alejandro Jodorowsky

Alejandro Jodorowsky & John Barham - El Topo Soundtrack

Megaupload - 33MB


 Shades Of Joy - Music of el Topo

Box - 65MB



Alejandro Jodorowsky, Ronald Frangipane, Don Cherry - The Holy Mountain 1973

Mediafire - 100MB , Rapidshare - 87MB, Megaupload - 90MB



 Alejandro Jodorowsky, Simon Boswell, Circus Orgo, Silver Hombre, Concha; Fenix - Santa Sangra 1989

Filefactory - 36MB


        
Fiquei entusiasmado com as trilhas sonoras dos filmes de Alejandro Jodorowsky e resolvi divulgar e disponibilizar para vocês. Apesar de seus filmes serem extremamente interessantes, as músicas feitas para eles conseguem assegurar seu valor independentemente dos filmes. Vale a pena escutá-las.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Música Erotica

                                                                                        Toto Frima
       
Meu amor pela música não me deixa exigir dela nenhuma função. Ela resguarda seu valor na sua própria fugaz existência, e não se pode cobrar dela mais do que o fato dela se mostrar para nós: Só podemos agradecer por podermos experimentá-la. No entanto, é justamente pelo fato de não se poder agregar à música nenhuma função especifica que ela se revela capaz de desempenhar qualquer uma. No presente caso, apresento-lhes uma de suas funções mais dignas: Oferecer-nos prazer sexual.

Tentei ordenar as músicas de modo que reproduza a dinâmica do ato sexual, com o ritmo denso e controlado que o antecipa, o aumento progressivo da tensão, a explosão paranóica da excitação e, por fim, a conquista de uma tranqüilidade inaccessível de outra maneira. Aproveitem a música!


01 - Jimmy Smith - (That's The Time) I Feel Like Making Love
02 - Jimi Hendrix - Red House
03 - Aguaturbia - Erotica
04 - People - Prayer-Part 2
05 - Art Bears - Freedom
06 - Aphrodite's Child - Infinity
07 - Serge Gainsbourg - Je t'aime moi non plus

Só faltou para minha lista uma música do Otávio Ortega, "Paucu Cama", que vocês podem encontrar em sua pagina do MySpace: Myspace - Otávio Ortega

Esqueci uma música do Grupo Man. Considerem esta como faixa bônus! hehe 

08 - Man - Erotica (Faixa bônus)

Megaupload - 56MB,  Bonus - Erótica

sábado, 15 de janeiro de 2011

Uma dose de Rock Progressivo Italiano para a Semana


            Vou viajar para o Rio de Janeiro, e ficarei uma semana sem postar nada. Por isso deixo esses três ótimos e raros álbuns para vocês escutarem com muito amor. Digo raro porque tive muita dificuldade de encontrá-los na Internet, mas também não sou dotado de astucia para essas tecnologias a ponto de estabelecer alguma comparação. Bem, raro ou não são álbuns que merecem ser escutados!!


De De Lind - Io Non So Da Dove Vengo E Non So Dove Mai Andro Uomo E'Il Nome Che Mi Han Dato 1973


 1. Fuga e Morte (7:20)
2. Indietro nel Tempo (4:17)
3. Paura del Niente (7:46)
4. Smarrimento (7:59)
5. Cimitero di Guerra (5:19)
6. Voglia di Rivivere (3:35)
7. E poi (2:03)

Total Time: 38:19

- Vito Paradiso / vocals, acoustic guitar
- Gilberto Trama / flute, saxophone, keyboards
- Matteo Vitolli / guitar, percussion, piano, flute
- Eddy Lorigiola / bass
- Ricky Rebajoli / drums, percussion

Download Rapidshare - 100MB Megaupload - 97MB


Planetarium - Infinity 1971

  

1. The beginning
2. Life
3. Man - Part 1
4. Man - Part 2
5. Love
6. War
7. The moon
8. Infinity

Total Time: 36:23

- No musicians listed on cd.


 Rustichelli & Bordini - Opera Prima 1973

 


1. Nativita (8:10)
2. Icaro (7:40)
3. Dolce sorella (5:18)
4. Un cana (5:17)
5. E svegliarsi in un giorno (5:15)
6. Cammellandia (8:49)

Total Time: 40:48

- Paolo Rustichelli / Hammond C3 organ, ARP VCS3 synthesizer and vocals
- Carlo Bordini / percussion

Download Megaupload - 92MB

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

John Cage - The Complete String Quartets - 1989



Fragmento do texto que dá continuidade aos posts anteriores.

O terceiro e ultimo aspecto formal que nos importa apontar é a tendência, cada vez mais acatada da supressão do silêncio. No seu estágio mais radical, o aniquilamento do silêncio se converte numa estética própria, a estética do preenchimento, plenamente atendida pelo Heavy Metal. Com suas distorções que prolongam o som irrestritamente, e seqüências de notas cujo intervalo tende a zero, o silêncio perde seu lugar, de forma que cada fragmento da música tente gerar uma capacidade intrínseca de chamar a atenção do espectador. O silêncio é, na música cuja forma pretende satisfazer as demandas comerciais, a nota esquecida e rejeitada.

Nada mais apropriado para oferecer um exemplo de resistência do que John Cage. 


Download: Sharebee Part 1, Part 2, Part 3

domingo, 2 de janeiro de 2011

Luigi Nono - Prometeo 1995

 
Sequência do post anterior.

Isso significa que a música não existe, nem pode existir, em sua totalidade. Sua completa existência exige seu próprio devir. A totalidade da música só é possível subjetivamente, ela é o resultado de um processo construtivo subjetivo, cujo sucesso, ademais, não é gratuito. É justamente essa necessária intervenção do sujeito na constituição da música em sua totalidade que vai conferir ao “conhecimento” um papel decisivo na apreciação musical.
A melhor maneira de nos aproximarmos da questão é nos perguntarmos que tipo de conhecimento é este. Rejeito, pelo menos atualmente (considero que esta questão é muito mais delicada do que o modo que fui capaz de apresentar aqui), como resposta qualquer espécie de conhecimento técnico, com relação à manipulação dos instrumentos, conhecimentos teóricos, indispensáveis na composição, ou mesmo conhecimentos com relação à história da música.
A peculiaridade desse conhecimento se encontra particularmente naquilo que auxilia o espectador a compreender a música em sua totalidade, isto é, naquilo que permite a percepção de sua forma. A noção de forma, portanto, desempenha um papel central, e deve ser cuidadosamente explorado. Sem perceber a estrutura formal da música não é possível aprecia-la, apesar de poder, é claro, se admirar com passagens tomadas isoladamente ou elementos particulares, mas isso não constitui o verdadeiro gosto.
É justamente a forma o horizonte que orienta toda atitude comercial com relação à música. Quem deseja o sucesso comercial deve procurar, em particular, a forma comercial ideal, que se caracteriza pelo maior grau possível de inteligibilidade, isto é, a música bem sucedida deve ter, em primeiro lugar, uma forma inteligível.
Michael Jackson e sua gravadora levaram esta idéia às ultimas conseqüências, desenvolvendo uma formula através da qual se produza, de forma quase serial, músicas comercialmente eficazes. As estruturas essenciais dessa forma se consolidaram fortemente ao longo de toda a história, e permanece presente na constituição da música de massa. Uma dessas características pode ser grosseiramente apresentada assim: Introdução, parte A, talvez parte B, refrão, solo, refrão, conclusão. A capacidade da memória do homem guia esta formula. A música não pode ser maior do que a capacidade de memorizá-la já no primeiro contato, a necessidade do esforço de escutá-la duas ou três vezes é inviável, é a própria sentença ao fracasso. Como é patente, a repetição é fundamental para a memorização, de modo que o refrão deve ser sistematicamente repetido. Tudo isso, no entanto, não pode ser evidente, é preciso ainda que se tenha um tipo de prazer diferençado, aqueles que levam as pessoas a terem orgulho de seus próprios gostos, portanto, deve-se incluir, ainda, uma passagem instrumental, se possível reproduzindo a própria melodia do refrão.
Outro caráter formal importante de se destacar é a presença de um contorno nítido entre a melodia e o acompanhamento. A melodia carrega toda a identidade da música, enquanto a acompanhamento recebe a tarefa de torná-la agradável e atraente. Esta característica é particularmente reveladora por estar profundamente enraizada na maneira com que compreendemos a música, de modo que sua identificação não é possível sem antes ultrapassar a dissimulação da naturalidade. Ela se consolidou tão fortemente que pensar música segundo esta estrutura se tornou completamente intuitivo, a passividade com que se recebe esta estrutura é a própria marca de seu absoluto sucesso. Esta radical oposição entre este dois pólos, melodia e acompanhamento, se tornou a maneira padrão com que se recebe a música. A radicalidade dessa forma da origem a idéia, infelizmente majoritária, de que a voz possui uma prioridade em relação aos demais instrumentos, cuja tarefa se restringe a meramente sustentá-la.
Não há nenhuma justificação relevante para a eleição destas estruturas formais, quanto mais músicas são criadas a partir dela, quanto mais ela é reproduzida, mais natural se torna sua recepção e mais garantido será o seu sucesso. Talvez, a explicação mais aceitável se encontre na psicologia humana: a tendência de permanecer com aquilo que já se conhece.
Na tentativa de retomarmos o caráter mais filosófico texto, devemos voltarmos a investigar a noção de forma.



A música de vanguarda é o melhor exemplo que pensei para representar a independência formal com relação às exigências do mercado.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cornucopia - Full Horn 1973


     
A idéia de que a apreciação musical exige um aprendizado é um pensamento que me acompanha há tempos, e dificilmente abro mão. O prazer que se tem ao escutar uma boa música não é imediato, pressupõe uma atividade subjetiva, seja ela qual for, que viabilize a obra ser percebida devidamente.
É claro que, como Hume já nos havia dito, a educação estética, o desenvolvimento dos sentidos, a disposição de um amplo acervo de outras obras que permita a comparação, são elementos necessários para tornar um homem um autêntico crítico. No entanto, com relação às formas artísticas que envolvem o tempo, a necessidade de alguma espécie de conhecimento prévio para a formação do espectador é acentuada. No cinema, esta condição se torna evidente, o fracasso comercial dos filmes “difíceis de assistir” é presente, a primazia dos elementos estéticos do filme em relação ao que o torna agradável e inteligível é decisiva para sua exclusão dos cinemas populares. Atualmente, o sucesso de um filme está intimamente ligado ao seu caráter de entretenimento, isto é, o recurso irrestrito a elementos extra-cinematográficos para torná-lo atrativo. A música, talvez, seja prejudicada em menor medida, os recursos técnicos e financeiros para sua criação é incomparavelmente que ao cinema, podendo oferecer ao seu criador uma maior independência criativa. Não quero, porém, desviar a discussão para o que de fato ocorre nos meios artísticos atuais, até porque não poderia fazer mais do que levantar meras hipóteses.
 A questão que realmente me interessa é a relação entre o tempo, ao qual a música depende, e a apreciação musical. Não é exagerado dizer que o tempo é condição existencial da música, isto é, o tempo é o lócus onde a música encontra sua materialidade. Ademais, na medida em que a música se estrutura no tempo ela toma sua própria forma: uma essência fragmentada. A música se encontra infinitamente dividida em partes cuja existência é absolutamente independente uma das outras. Cada instante em que a música aparece revela uma parte material de algo cuja essência a transcende. Mais radical é o caráter canibal desses fragmentos, cada um deles é determinado por uma exigência essencial de que seu antecessor seja completamente aniquilado. O devir temporal só oferece lugar para uma fração da música de cada vez, sendo a morte de uma dessas partes a própria condição de sua existência, até que seu ultimo fragmento tenha uma vida igualmente fugaz. É assim, condenada a cruel provisoriedade, que a música se revela.
Isso significa que a música não existe, nem pode existir, em sua totalidade. Sua completa existência exige seu próprio devir. A totalidade da música é resultado de um processo subjetivo, cujo sucesso não é gratuito.
Para adiar a discussão, oferecendo ainda um mínimo de conclusão, deve-se dizer: É justamente essa necessária intervenção do sujeito na constituição da música que vai conferir ao “conhecimento” um papel decisivo na apreciação musical. Etapa que adiarei para o próximo post.

Quanto ao presente download, ele é um desse álbuns difíceis de se gostar. Fui gostar dele recentemente, de forma inusitada, depois de ficar muito tempo sem escutá-lo.


1. Day of a Day-Dream Believer (19:50)
- a. Humanoid robot show
- b. Hope - Part one
- c. Disillusion
- d. Hope - Part two
- e. Death of a clown
- f. D-daily review
- g. Night, night - Mankind's motor-dream
- h. The sound of national caughing
2. Morning sun (version 127) (3:07)
3. Spots on you, kids (12:37)
4. And the madness... (4:05)

Total Time: 39:39

- Wolfgang Bartl / bass, backing vocals
- Wolfgang Gaudes / drums, percussion, acoustic guitar
- Christoph Hardwig / keyboards, guitar, backing vocals
- Rudy Holzhauer / percussion, troot
- Wolfgang Kause / lead vocals
- Harry Koch / effects, percussion, voice
- Kai Henrik Möller / lead guitar, acoustic guitar, backing vocals
+ Jochen Petersen / saxophones, flute, guitar


Download Mediafire - 34MBRapidshare - 72MB