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domingo, 10 de outubro de 2010

Free - Tons of Sobs 1968

Muito se critica os fãs de Rock Progressivo por se apropriarem de todas as bandas que gostam segundo a mesma predicação: Para eles tudo é Rock Progressivo. Reforçamos essa idéia com o famoso site ProgArchives, que define Led Zeppelin, Hendrix, Beatles, e outras grandes bandas como sendo bandas de prog. Obviamente, devemos ter uma postura crítica diante de definições desse tipo, no entanto, acredito que tal interpretação tenha algo de correto.
A verdade é simples: Todo bom álbum é, em alguma medida, progressivo!! Independente de que época, e qual seja estilo predominante, se o álbum for realmente bom poderemos encontrar características progressivas nele. Isso certamente ocorre desde Beethoven à Los Hermanos, passando obviamente, e com mais força, por tipos como Beatles, Jimmy Smith, e a presente banda Free. Quero dizer com isso simplesmente que: O artista que tiver uma preocupação e cuidado com a composição da música, desenvolvê-la e enriquecê-la, dar voz e equilíbrio para todos os instrumentos, dar valor e experimentação à gravação e edição, com certeza vai surgir de suas mãos um produto progressivo.
Ora, isso é comum a todo bom músico, seja na música erudita, no jazz, no blues, e em qualquer outro estilo (até nos mais mal explorados ritmos brasileiros, como o forró e o sertanejo). Free tem essas qualidades, e embora predomine uma atmosfera blues-hard, penso que podemos, sem nenhuma força, pensar este álbum como um exemplo de progressivo: Tem dinâmica, desejo de fazer uma boa música, transcende o convencional blues, possui belas passagens com a guitarra e o orgão/piano, etc.


Paul Rodgers - Vocals
Paul Kossoff - Guitar
Andy Fraser - Bass
Simon Kirke - Drums
Steve Miller - piano

01.OVER THE GREEN HILLS (PT 1)
02.WORRY
03.WALK IN MY SHADOW
04.WILD INDIAN WOMAN
05.GOIN' DOWN SLOW
06.I'M A MOVER
07.HUNTER
08.MOONSHINE
09.SWEET TOOTH
10.OVER THE GREEN HILLS (PT 2)

Download http://www.megaupload.com/?d=OTBQZTIX

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Prog Brasileiro

Tom Zé - Todos os Olhos 1973


1. Complexo de épico
2. A noite do meu bem
3. Cademar
4. Todos os olhos
5. Dodó e Zezé
6. Quando eu era sem ninguém
7. Brigitte Bardot
8. Augusta, Angélica e Consolação
9. Botaram tanta fumaça
10. O riso e a faca
11. Um oh e um ah
12. Complexo de épico

Download http://www.4shared.com/file/51976867/c904363c/1973_Todos_os_Olhos.html



Os Mutantes - Os Mutantes 1968


1. Panis Et Circensis
2. A Minha Menina
3. O Relógio
4. Adeus Maria Fulô
5. Baby
6. Senhor F
7. Bat Macumba
8. Le Premier Bonheur Du Jour
9. Trem Fantasma
10. Tempo No Tempo
11. Ave Gengis Khan

- Rita Lee / vocals, effects
- Arnaldo Dias Baptista / bass, vocals
- Sergio Dias Baptista / guitars, vocals

Guests:
- Rogério Duprat / arrangements
- Jorge Ben / vocals, guitar (2)
- Dirceu / drums

- Manuel Baroenbein / producer

Download - http://www.mediafire.com/?0qkotmmtxmn


A cor do som - Ao vivo no Montreux International Jazz Festival 1978



1-Dança Saci (Mu)

2-Chegando da Terra (Armandinho)

3-Arpoador (Dadi/Mu/Gustavo/Armandinho)

4-Cochabanba (Moraes Moreira/Aroldo Macedo)

5-Brejeiro(Ernesto Nazareth)

6-Espírito Infantil (Mu)

7-Festa na Rua (Dadi/Gustavo/Armandinho/Mu)

8-Eleonor Rigby (Lennon/McCartney)

Armandinho - Guitarra
Dadi - Baixo
Mu Carvalho - Teclados e Sintetizadores
Gustavo - Bateria
Ari - Percussão

Download - http://rapidshare.com/files/199691209/ACorDoSom.rar





O que é o progressivo brasileiro? Para pensarmos esta questão precisamos, antes, pensar o que faz uma música ser brasileira, isto é, qual a "identidade" da música brasileira? E o motivo de se colocar tal hierarquia entre estas duas questões não é por achar que toda música feita no Brasil deve ser tipicamente brasileira. Não penso que a música deve se comprometer com qualquer ideologia, muito menos um patriotismo vazio.
A questão, "qual a identidade da música brasileira?", não deve ser reduzida a “como fazer um som original e exclusivo?”, ou “quais músicas tradicionais deve ser privilegiadas e eleitas como a “cara” do Brasil?”, ou qualquer preocupação com uma expressão particular que evidencie e fortaleça a cultura do país. Devemos interpretá-la simplesmente como: "o que o Brasil consegue fazer de melhor?". A procura por uma música própria, antes de ser uma preocupação com o diferente e o exclusivo, é a tentativa de encontrar uma música que se faça bem.

Acredito que a forma que vivemos, em todos seus aspectos, influencie no modo que pensamos, agimos e criamos. Cada vivência que se percorre, seja ela constante e intensa, ou rara e aparentemente insignificante, se torna parte decisiva na constituição da nossa pessoa, e, é claro, no modo que se ouvi, pensa e compõe a música.

A ginga do andar, o céu, o mar, a ignorante felicidade, o posicionamento imparcial frente ao que deveria ser revoltantes, o futebol, e todas essas pequenas coisas, somada à nossa forte herança musical, que acredito marcar a infância da maioria das crianças, determina o que somos, e mais, nossas aberturas sensíveis, nossa anatomia musical através da qual apreciamos e criamos arte.

A procura de uma identidade musical constitui na tarefa de procurarmos qual é a abertura que desenvolvemos nos relacionarmos com a música, que, apesar do crucial caráter subjetivo, é, em parte, compartilhado por muitos compatriotas.

Escolhi estes três álbuns com muita dificuldade, queria incluir, ainda, outros compositores como Egberto Gismonti, Caetano Veloso, Clube da Esquina, Som Nosso de Cada Dia, Som Imaginário, entres alguns outros, além da dificuldade de escolher os álbuns que iria privilegiar dos grupos já escolhidos...

Escolhi estes álbuns para exemplificar aquilo que o Brasil faz de melhor, em contraste com a as constantes fracassadas tentativas de se imitar o rock sinfônico inglês.