quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Embryo 1973

Embryo - Steig Aus 1973

1. Radio Marrakesch/Orient-Express (9:53)
2. Dreaming Girls (10:26)
3. Call (17:22)
- a. Call (part 1)
- b. Organ Walk
- c. Marimba Village
- d. Clouds
- e. Call (part 2)

- Roman Bunka / guitar
- Christian Burchard / drums, marimba, vibes
- Jörg Evers / bass
- Edgar Hoffmann / violin
- Jimmy Jackson / Mellotron, organ
- Dave King / bass
- Mal Waldron / electric piano

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Embryo - Rocksession 1973

1. A place to go (4:25)
2. Entrances (15:35)
3. Warm canto (10:07)
4. Dirge (9:35)

- Christian Burchard / drums
- Jörg Evers / bass
- Edgar Hofmann / saxophone, violin
- Jimmy Jackson / organ
- Dave King / bass
- Siegfried Schwab / guitar
- Mal Waldron / electric piano


Embryo - We Keep On 1973

1. No place to go (12:32)
2. Flute and Saz (5:57)
3. Ehna, Ehna, Abu Lele (8:43)
4. Hackbrett-dance (3:54)
5. Abdul Malek (3:15)
6. Don't come tomorrow (3:48)


- Roman Bunka / guitar, saxophone, vocals, percussion, bass (6)
- Christian Burchard / drums, vocals, percussion, marimba, vibes, hackbrett, Mellotron
- Charlie Mariano / alto & soprano saxes, flute, nagasuram, bamboo flute
- Dieter Miekautsch / acoustic & electric pianos, bass piano on the clavinet



Essa foi uma banda que permaneceu latente em meu espírito por muito tempo, mas que se despertou com muita força! A redescoberta de um álbum é uma experiência incrível. Quando entramos em contato pela primeira vez uma música (que contenha um nível razoável de complexidade) não somos capazes ainda de experimentarmos todo prazer que ela potencialmente provoca. Começamos a gostar de uma música depois que a escutamos 3, 4, 5 vezes, isto é, na medida em que se torna possível apreender a música em sua totalidade (a multiplicidade ordenado numa unidade). É claro que muitas músicas, desde a primeira vez, nos impressionam fortemente, no entanto, tais impressões são resultados de observações particulares com respeitos à técnicas, timbres, passagens, etc, que, embora legitimas, estão aquém de uma intimidade com a música. A música, diferentemente das artes visuais, por exemplo, se dão no tempo, e somente através dele pode se concretizar. Este caráter temporal é fundamentalmente importante para levarmos a cabo qualquer reflexão sobre a música: A música se revela aos poucos, ela se doa gradualmente, de forma que sua unidade só pode ser apreendida subjetivamente. Uma música em sua totalidade é resultado de um processo que acredito ser condição de possibilidade de uma autêntica apreciação e de um discurso aceitável a seu respeito. Há infinitas maneiras de ocorrer tal processo. Me interessa, no momento, uma unica maneira: Se ouve uma música algumas vezes que, na ausência de grandes sentimentos, é deixada de lado para a realização de novas atividades, tempos depois (meses, anos), quando se volta a escutá-la novamente, inesperadamente, se tem uma experiência incrível. Isso já me ocorreu algumas vezes. Experiência cuja particularidade se encontra no fato da totalidade da música não ser apreendida gradualmente, mas de forma inesperada, de súbito, como se a música, durante sua ausência, estivesse latentemente se estruturando, se ordenando, em nossa mente, e, enquanto conscientemente julgamos não mais recordá-la, possuímos plena condições de a compreendermos em sua totalidade.

2 comentários:

  1. Gostei. É realmente uma experiência incrível. Em mim, quando acontece, normalmente é o reflexo de uma evolução musical, na medida em que passo a gostar de algo que antes não me cativava porque me tenho vindo a habituar a esse determinado estilo de música. Isso aconteceu-me recentemente com Jethro Tull. Antes não gostava de progressivo/folk.
    Enfim, gosto muito quando isso acontece e gostei de ler!

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  2. Assim como gostei da descoberta desta banda!

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