segunda-feira, 31 de maio de 2010

King Crimson - Larks' Tongues in Aspic 1973


O que falar do King Crimson? Estaria, sem dúvidas, na minha lista Top 10 das melhores bandas do mundo. Arriscaria acrescentar que estaria, senão no primeiro, entre os três primeiros lugares! Uma comparação tão rigorosa não é necessária, talvez prejudicial, mas, sem medo de corromper a estética progressiva, digo que King Crimson é sim uma das melhores bandas do mundo!
Como comparar o som maduro, forte, sofisticado, equilibrado, criativo e psicodélico do King Crimson com as músicas do Genesis, por exemplo? No interior deste confronto, as músicas do Genesis se tornam inevitavelmente ordinárias e ingênuas!
King Crimson sempre impressiona, sua carreira é extremamente heterogênea, não porque não continham um estilo marcante, mas porque pareciam estar em constantes experimentação, uma cuidadosa e delicada experimentação que os levaram a caminhos virgens maravilhosos.
Gosto de todos os álbuns até o Red, mais me agrada particularmente o Larks' Tongues in Aspic, que apresenta um experimentação harmônica e na percussão surpreendentes. A produção demonstra um grande cuidado, com timbres raros lindos!


Este link abaixo contém alguns artigos de jornais da década de 70 sobre King Crimson e Pete Sinfield.


1. Larks' Tongues In Aspic Part One (13:36)
2. Book Of Saturdays (2:49)
3. Exiles (7:40)
4. Easy Money (7:54)
5. The Talking Drum (7:26)
6. Larks' Tongues In Aspic Part Two (7:12)

Total Time: 46:37

- Bill Bruford / drums
- David Cross / violin, viola, Mellotron
- Robert Fripp / guitar, Mellotron, devices
- Jamie Muir / percussion
- John Wetton / bass, vocals

domingo, 30 de maio de 2010

Think - Variety 1973

Um álbum excelente, pena que este seja o único álbum dessa banda. Este álbum se diferencia bastante do krautrock mais tradicional, não apresenta aquele som ácido e paranóico de bandas como Amon Düül II ou Guru Guru, valorizando momentos mais leves e swingados, com influencias de jazz, música clássica e blues. Violinos, flautas e guitarras mais orgânicas também distanciam está banda de um som tipicamente alemão!


1. Variety (7:37)
2. Watercorps (5:07)
3. Drops (8:19)
4. Draw Conclusions From ... (13:59)
5. Last Door (3:15)
6. More Drops* (7:54)
7. All That I Remember* (6:46)

Total Time: 52:47

- Frank Voigt / flute, effects
- Gerd Pohl / guitar, vocals
- Ricky Ramor / bass
- Rodrigo Ramor / vocals, percussion
- Friedhelm Wördehoff / drums, percussion
- Kajo Sandrik / keyboards, viola, vocals, percussion

Samla Mammas Manna - Måltid 1973

Um grupo fantástico, criativo, cômico e muito sofisticado. RIO/Avant Prog, o estilo dessa banda, é uma vertente do Rock Progressivo que me agrada muito. Normalmente são bandas harmonicamente complexas, e por isso num primeiro momento causa uma certa extranheza ou mesmo desconforto, mas com um pouco de "treino" aprendemos a apreciá-la. Sem dúvidas, é um ótimo álbum!


1. Dundrets fröjder (10:43)
2. Oförutsedd f¢rlossning (3:10)
3. Den återupplivade låten (5:53)
4. Folkvisa i morse (2:07)
5. Syster system (2:27)
6. Tärningen (3:33)
7. Svackorpoängen (3:11)
8. Minareten (8:21)
9. Værelseds tilbud (2:26)

Total Time: 41:51


- Coste Apetrea / guitars, vocals (except song 11)
- Hasse Bruniusson / drums, percussion, backing vocals, glass
- Lasse Hollmer / acoustic & electric pianos, vocals
- Lasse Krants / bass, vocals
- Henrik Öberg / congas (11)

sábado, 29 de maio de 2010

The Beatles - Magical Mystery Tour 1967

Este é um dos meus álbuns preferidos dos Beatles. Penso que foi ele, e não Robbber Soul, como é freqüentemente mencionado, o primeiro álbum dos Beatles que trouxe elementos realmente novos para a música: a psicodelia e a dinâmica extra-musica. Acho esse álbum, sem dúvidas, o mais psicodélico. Embora outros álbum tenham músicas também psicodélicas, como no Sgt. Pepper's, no Abbey Road e mesmo no Álbum Branco, são músicas isoladas e não apresenta uma proposta orientada pela psicodelia como o "Magical Mystery Tour". Outra característica interessante, que o Abbey Road também bem faz, é o desenvolvimento do que chamo dinâmica extra-música: a presença de uma continuidade ou fluxo que ultrapassa os limites das faixas tomadas individualmente, de modo que, apesar das músicas não serem grandes o suficiente para imprimir uma dinâmica interna, as inter-relações das música permitem uma dinâmica continua que percorre todo o álbum!

1. Magical Mystery Tour (2:51)
2. Fool On The Hill (2:59)
3. Flying (2:16)
4. Blue Jay Way (3:56)
5. Your Mother Should Know (2:29)
6. I Am The Walrus (4:37)
7. Hello Goodbye (3:31)
8. Strawberry Fields Forever (4:10)
9. Penny Lane (3:03)
10. Baby You're A Rich Man (3:03)
11. All You Need Is Love (3:47)

Total Time 36:42


- Paul McCartney / bass, vocals
- John Lennon / guitar, vocals
- George Harrison / guitars
- Ringo Starr / drums
- George Martin / orchestration, arrangements


Download "Link Removido"

Paternoster - Paternoster 1972

Uma ótima banda austríaca. Havia muito tempo que não escutava este álbum, e me surpreendi muito quando voltei a escutá-lo hoje! É lindo, dramático e psicodélico. Algo que me agrada muito neste álbum é sua unidade, suas músicas se conectam de um modo excelente, escutamos um único pensamento, longo e dinâmico!


1. Paternoster (3:56)
2. Realization (3:34)
3. Stop these lines (6:57)
4. Blind children (6:16)
5. Old Danube (4:16)
6. The Pope is wrong (6:02)
7. Mammoth Opus O (8:55)

Total Time: 39:56

- Gerhart Walenta / drums
- Gerhard Walter / guitar, vocals
- Franz Wippel / organ, vocals
- Heimo Wisser / bass

segunda-feira, 24 de maio de 2010

1° Encontro Progressivo do Centro-Oeste





Este foi o primeiro encontro em Goiânia que se propôs a reunir amantes de música especialmente para escutar Rock Progressivo. Este primeiro encontro conseguiu reunir somente três fieis adeptos, sobreviventes dos inúmeros preconceitos e infortúnios que afligem os progressivos remanescentes. Gostar de Rock Progressivo nos corrompidos valores estéticos de hoje em dia é um desafio, devemos ser persistentes em procurar fontes novas de conhecimento e compartilhar aquilo que já conhecemos. Foi uma viajem incrível, proveitosa, psicodélica, paranóica, triste, energética, uma experiência estética fantástica!!!

PlayList (não confiável por motivos de técnicos)

Birth Control
Frumpy
Gila
Guru Guru
Jane
Satin Whale
Caetano Veloso
Guilherme Lamounier
Tom Zé
Colosseum
Steppenwolf
Godspeed You Black Emperor
Genesis
Focus
Barclay James Harvest
Emerson Lake & Palmer
Jethro Tull
Jimi Hendrix
King Crimson
Magna Carta
Pink Floyd
The Nice
Uraih Heep
Analogy
Buon VEcchio Charlie
Air
Adgar Allen Poe
Exploit
Gaybalbi
Gleemen
Goblin
Mary Newsletter
Murple
Premiata Forneira Marconi
Far Out
Arsenal
Camel
Egberto Gismonti

terça-feira, 11 de maio de 2010

Wallenstein - Blitzkrieg 1971

Um álbum alemão bem diferenciado, inclui elementos tipicamente alemães do Krautrock, mas penso estar mais direcionado ao progressivo feito na inglaterra. O resultado é uma mistura grandiosa, criativa, seca como o krautrock, mais leve como o sinfônico inglês. Apresenta uma preocupação com a composição um pouco rara ao se tratar de bandas alemãs. MAnhatten Project se destaca com sua dinâmica cuidadosa, alternando momentos bem melódico ao piano, com uma guitarra bastante suja, além da bateria que consegue realizar um trabalho bem livre de ritmos pré-determinados.


Side 1
1. Lunatic (11:55)
2. The theme (9:37)
Side 2
3. Manhatten Project (13:47)
4. Audiences (7:38)

Total Time: 42:57


- Bill Barone / Gibson 335 guitars, acoustic guitar, vocals
- Jerry Berkers / bass, lead vocals
- Jürgen Dollase / keyboards, Mellotron, lead vocals, words
- Harald Großkopf / drums, percussion


domingo, 9 de maio de 2010

Analogy - Analogy 1972

Uma banda ítalo-germânica mas que não é nem italiana nem alemã. Penso que o som dessa banda esta muito mais ligada às tendências inglesas, mais especificamente o Space Rock (Lembra um pouco o estilo do Pink Floyd depois do Meddle). É um excelente álbum: é bastante consistente, quase não tem momentos ruins; mistura elementos psicodélicos e clássicos numa ótima proporção e com muito criatividade; constitui uma unidade temática que possibilidta uma dinâmica extra-música; cada instrumento tem seu momento de destaque sem prejudicar o tema principal; além do fato da vocalista ter peitinhos lindos!!!


1. Dark Reflections (7:00)
2. Weeping May Endure (4:50)
3. Indian Meditation (4:10)
4. Tin's Song (1:40)
5. Analogy (9:45)
6. The Year's At The Spring (4:35)
7. Pan-Am Flight 249 (5:15)
8. Sold Out (4:37)
9. God's own land (3:34)


- H. J. "Mops" Nienhaus / drums
- Jutta Nienhaus / lead vocals
- Nicola Pankoff / keyboards
- Wolfgang Schoene / bass
- Martin Thurn / 12 strings acoustic & electric guitars, flute, bongos

sábado, 8 de maio de 2010

Pink Floyd - In The Shadow Vesuvius 1971

Não é preciso dizer muito sobre Pink Floyd. Na grande maioria das vezes Pink Floyd é o ponto de partida para o rock progressivo, embora haja muitas pessoas que dizem gostar deles mas ainda assim não o conheçam, e muito menos o rock progressivo. Este álbum é um dos meus preferidos, as músicas escolhidas são ótimas, a gravação é de boa qualidade, e a performance também é excelente. Em vista do local onde o show foi gravado, não poderia ser diferente. A Itália sempre valorizou o rock progressivo. Percebe-se um grande número de álbuns que só foram editados na Itália, um deles é o "Variations on a Theme of Absence" que constitui numa coleção de 8 cd's somente com gravações raras (poderei postar mais adiante). Outra fator interessante de se observar é que as línguas que mais contém informações quando se pesquisa "Rock Progressivo" no Wikipadia é a lingua italiana e alemã! Mesmo inglês, que detém a grande maioria de informações na internet, e onde se concentrou a maior quantidades de bandas de Rock Progressivo, não ultrapassa os escritos em italiano. A Itália sempre levou o Rock Progressivo a sério, como um movimento importante na história da música, e não só um modismo passageiro que dependia de fatores sociais da década de 70.
Um site interassante para quem gosta de Rock Progressivo Italiano: http://www.btf.it/


Echoes 25:22
Careful With That Ax Eugene 6:47
Saucerful Of Secrets 10:15
Madmoiselle Nobs 1:54
Set The Controls For The Heart 10:23
One Of These Days 5:46
Total 60:23

- David Gilmour / guitars, vocals
- Nick Mason / drums
- Roger Waters / bass, vocals
- Richard Wright / keyboards, vocals

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Garybaldi - Astrolabio 1973

Eu adorei este álbum desde a primeira vez que escutei. Ele é incrível, um exemplo de progressivo. Deve-se chamar atenção ao trabalho do guitarrista, Bambi Fossati. Ele Também realiza um ótimo trabalho no álbum homônimo da banda Gleemen, embora com um estilo completamente diferente. Com a banda Garybaldi ele produz dois álbuns, Nuda (73) e o presente post. Em 74 produz seu terceiro álbum com a banda Bambibanda e Melodie, que parece ser um produto mais direto do guitarrista.
Gosto deste álbum porque tem uma dinâmica muito agradável, sem pressa, mas com momentos até bastante agressivos. Este álbum deve ser escutado em momentos propícios, sem distrações ou preocupações; ou talvez o contrário, para se distrair e despreocupar!
Uma característica que acho extremamente importante, e que Bambi transmite com muito clareza, é a renuncia de uma ingênua vaidade em mostrar suas habilidades composicionais e técnicas, uma preocupação em transmitir um "virtuosismo" que se torna desmedido e pedante. Há momentos velozes, mas melodias simples também são incluídas com muita beleza. Há espaço para experimentações em outros instrumentos, e mesmo um certo silencio.

1. Madre di Cose Perdute (20:30)
2. Sette? (21:18)

Total Time: 41:18


- Bambi Fossatti / guitars, vocals
- Angelo Traverso / bass
- Maurizio Cassinelli / drums, vocals
- Lio Marchi / keyboards

Goblin - Roller 1976

Esta banda italiana lançou seu primeiro álbum em 75, consideravelmente tarde quando falamos de Rock Progressivo, que acredito ter tido uma vida muito curta. No entanto, ela tem traços extremamente especiais, e merece muito atenção. Goblin, em grande parte, se dedicou às trilhas sonoras de filmes, o que é muito comum no Rock Progressivo. O que não é muito comum
é o estilo dos filmes para o qual a banda escolheu prestar seus serviços. Goblin, juntamente com Dario Argento, se dedicava aos filmes de terror. Dessa parceria acredito ter brotado entre varias boas conseqüências poucos prejuízos. De fato, há alguns álbuns cujo valor depende quase que inteiramente do filme, o que torna chatíssimo escutá-los isoladamente. Mas também o terror se tornou uma característica muito marcante, original, e especialmente interessante do Goblin. Este álbum, Roller, é o que mais gosto. Além dos elementos tipicamente italianos, e claro a extraordinária atmosfera dedicada ao terror, apresenta muito experimentalismo e até um pouco de funk.


1. Roller (4:38)
2. Aquaman (5:22)
3. Snip snap (3:37)
4. The snake awakens (3:27)
5. Goblin (11:10)
6. Dr. Frankenstein (6:00)

Total Time: 34:14

- Maurizio Guarini / keyboards, Moog
- Agostino Marangolo / drums, perc.
- Massimo Morante / guitars
- Fabio Pignatelli / basses
- Claudio Simonetti / keyboards, Moog

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Birth Control - Operation 1971

Mais um ótimo KrautRock alemão, este com influencias mais evidentes do Hard. Não tenho muito o que falar sobre este álbum, além de gostar muito dele. É um álbum bastante integro, as músicas mantém um ótimo padrão, bem agressivo, mas com melodia belas. A capa também é incrível!!






1. Stop little lady (7:16)
2. Just before the sun will rise (7:35)
3. The work is done (5:56)
4. Flesh and blood (3:27)
5. Pandemonium (6:34)
6. Let us do it now (11:09)

- Bruno Frenzel / guitar, vocals
- Bernd Koschmidder / bass
- Bernd Noske / drums, vocals
- Reinjhold Sobotta / organ

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Gaa - Alraunes Alptraum - 1975


Um excelente álbum alemão. A qualidade do álbum é muito boa, com uma mistura muito peculiar não só de estilos musicais distintos, mas também de momentos históricos diferentes. O ano tardio (75) não afeta a qualidade do álbum, ele produz um krautrock excelente típico do início da década de 70, com elementos mais modernos que só vieram à aparecer com maior freqüência no anos 80 (infelizmente com uma freqüência desmedida). Gosto muito da música Morgendämmerung, que faz um jazz muito experimental, mas bastante sensato.


1. Autobahn (6:28)
2. Heilende Sonne (3:55)
3. Morgendämmerung (9:52)
4. Tabbert (4:41)
5. Du (5:32)
6. Inspektion (3:55)
7. Warum (6:03)

Total Time: 40:26


- Stefan Dörr / drums, backing vocals
- Werner Frey / guitar, lead vocals
- Helmut Heisel / bass
- Günter Lackes / keyboards, backing vocals